quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Espada Era A Lei (The Sword In The Stone – 1963)


Como qualquer ser normal, eu adoro os filmes da Disney! Claro que me refiro às animações, sejam em 2D ou 3D, pois sempre achei os filmes em live-action da produtora muito fraquinhos, salvo algumas exceções. Ou você gosta dos filmes da Lindsey Lohan? E aquele remake medonho de 101 Dálmatas com o Jeff Daniels? Argh! Então não demos bola pra esses.
Dentre meus favoritos estão O Corcunda de Notre Dame, 101 Dálmatas, A Bela e A Fera, O Rei Leão (claro), Mogli, Pinóquio, O Cão e a Raposa, Toy Story, entre vários outros. E, claro, A Espada Era A Lei! Este filme, embora não seja um dos mais populares da Disney, ganhou o status de pequeno clássico, e é considerado um dos melhores trabalhos do estúdio. Sigam-me agora e vocês descobrirão o porquê!

O papo é o seguinte: Na Idade Média a Inglaterra estava sem rei, pois o ultimo havia falecido de alguma doença e não havia deixado herdeiros. O tempo passou e não surgiu ninguém a altura do trono, o que fez com que a Idade Média na Inglaterra ficasse tenebrosa em nível turbo.


Pelo menos é o que diz esse livro aí (não exatamente com essas palavras, claro) em cima. E a musiqueta xuxu belezinha que toca no início.

Parecia que tudo estava perdido e teria final trágico. Pra eles, claro. Pra gente não, pois o filme tá só no começo. E é da Disney.

Eis que um milagre acontece, e uma espada surge dos céus!!


E nela estava escrito em letras douradas: “Quem conseguir tirar a espada desta pedra, será coroado o legitimo rei da Inglaterra

Isso acima foi uma tentativa brega de deixar as letras douradas. Pulemos.


E todos fizeram ÓÓÓÓ!! VIVA!!! ESTAMOS SALVOOOSS!!

Só tinha um pequeno probleminha:


Não tinha um puto competente que conseguisse desencravar a espada da pedra. Muitos tentaram ao longo dos anos e falharam. Com o tempo, a espada foi esquecida e o país continuou na merda.

A Inglaterra estava na pior. Doenças, mortes, Guerras e mais guerras acontecendo a todo o momento, não havia lei com exceção da lei do mais forte, o chá das cinco não tinha mais horário definido... Enfim: Caos!

Mas senta aí que a sessão tá só começando.


No meio do mato vive o mago Merlin, que aqui está demonstrando sua incrível habilidade de tirar água do poço.


Merlin diz a sua rabugenta coruja de estimação Arquimedes que em meia hora alguém vai chegar a sua casa. Não sabe exatamente quem, mas que é um garoto muito especial e que será obrigação do mago guiá-lo a seu destino.

Por uma ilusão de Merlin conhecemos Arthur, mais conhecido como Wart, nosso protagonista.


Não, porra! Esse é o Walt! Eu disse Wart! WART!!


Agora sim.

Mais ou menos perto dalí, o valentão desmiolado Kay está caçando veados. Os animais, claro. 


O pequeno Wart o acompanha, mas...


Pois é. Kay fica putinho e tenta bater em Wart, que corre pro meio da floresta. Assustado, promete a Kay que irá encontra sua flecha desperdiçada, caso contrário levará uma surra do sacripantas. Malditos bullies!

Após adentrar bastante a perigosa mata, Wart acha a flecha no topo de uma árvore. Ele sobe para alcançá-la, mas o galho quebra e ele cai. DE NOVO! Esse menino não nasceu pra subir em árvores.


Como eu disse em outro momento, a providência cinematográfica nunca falha, e Wart cai exatamente no cafofo de Merlin...


Que já o estava esperando, como sabemos.

Wart quer saber como Merlin sabia que ele iria chegar ali. O velhote diz que, por ser um mago, sabe quase tudo o que acontece no mundo, inclusive o que vai acontecer nos futuros distantes.

O garoto fica impressionado com a coruja falante e os objetos que se movem daquela casa. Ele provavelmente nunca assistiu outro filme da Disney, pois essa é a coisa mias normal nesse universo.

Merlin pergunta a Wart se ele quer ser seu pupilo. Se quer aprender as coisas do mundo com ele, pois como não leu O Mundo de Sofia, vai ter que aprender filosofia desde o começo.


Sem mal deixar o menino responder, o sábio arruma as malas e vai com ele até o castelo onde mora. Arquimedes os segue.


No castelo onde Wart vive, seu pai adotivo está preocupado e dando uma bronca em Kay (seu filho legitimo) por ter deixado o garoto se embrenhar no mato sozinho. O grandalhão faz pose de “tô preocupado bagarai”.

Wart chega com Merlin e Arquimedes e leva sermão de Sir Ector, o pai adotivo, que diz ao menino que ele cometeu uma falta grave sumindo assim e perdeu quatro pontos. Em quê, jamais saberemos. Wart é mandado direto pra cozinha lavar os pratos. Parece que o menino é feito de gato e sapato por Ector e Kay.


Merlin se apresenta e diz que quer ser o tutor de Wart. O dono do castelo fica meio arredio, mas o mago o convence rapidinho...


Fazendo nevar dentro do castelo, dentre outras magias inofensivas do cotidiano. Eu me pergunto por que o mago fazia tanto esforço para tirar água do poço manualmente mesmo com todos esses poderes. Wathever.

Ector deixa Merlin ficar e o manda morar em uma torre vagabunda do castelo (que já é vagabundo).


Um visitante se anuncia na frente do castelo. Será o rapaz da tv a cabo? Não. É Pellinore, dizendo que trás notícias de Londres.

Merlin ouve de sua torre e fica curioso. Decide mandar Arquimedes conferir as tais notícias de perto, já que não tá a fim de esperar sair o Diário, pois isso só acontecerá daqui a doze séculos.


Essa piada não é minha, é dele mesmo, e foi boa pra cacete! Vou chamar o Merlin pra vir me ajudar aqui no blog. Quer dizer... Ele ainda deve estar por aí, não?

Enquanto Wart lava a louça e Arquimedes fica mal disfarçado na sala, Pellinore conta a Ector que haverá um torneio em Londres e que o prêmio será nada menos que a coroa!


Pellinore dá uma notícia surpreendente a Ector exatamente no momento em que está bebendo alguma coisa. Você sabe o que vem a seguir, não? CUSPE NA CARA! Isso é tão clichê quanto o carro não funcionar na hora H ou acontecer uma coisa ruim quando o personagem diz ”Não dá pra piorar”.

Pois bem. Ector sugere a Kay que participe do torneio, e que Wart seja seu escudeiro.

Você entende isso? Ter o Kay como rei seria como ter o Kleber Bambam como presidente!


Mestre e pupilo vão dar um passeio fora do castelo. Wart cantarola a música do Fagner “Quem dera ser um peixe”, e Merlin parece levar ao pé da letra, pois...


Alakazan! Eles viram peixes animados e cantantes! E como Wart canta mal, puta que o pariu! Não pior que a Malu Magalhães, mas canta mal.

De repente o menino peixe começa a ser perseguido por outro peixe grande e sinistro que eu não sei a espécie. Merlin peixe se esconde dentro de um capacete devidamente naufragado e recusa ajudar Wart, dizendo que este deve se salvar pela inteligência e não pela força. Sei, sei.



De qualquer forma, Wart usa uma inteligência einsteiniana para se livrar do grandalhão. E que porra de peixe é esse? Um pirarucu? Sei lá.

Seja de que “marca” for, o peixe mau não fica preso na corrente muito tempo e começa a caçar o protagonista novamente. Dessa vez Arquimedes percebe e vai parar embaixo d’água pra salvar o menino, provando que é uma ave aquática e gramática.


A coruja se finge de desentendido (isso mesmo: Desentendido, e não desentendida. Arquimedes é moço homem) e diz que não queria salvar o garoto e sim comer o peixe. Huahuahau!

Wart conta a estória toda a Ector, que o chama de maluco, tira-lhe mais seis pontos (em quê, meu Deus? Em quê?) e o manda pra cozinha.

Merlin fica impressionado com a quantidade de louça que o garoto tem que lavar e usa sua magia para limpar tudo praticamente sem esforço.


Sim, esse Merlin. O mesmo que faz tanto esforço pra tirar água do poço manualmente.

A providência cinematográfica pode nunca falhar, mas a lógica cinematográfica entrou por ultimo na fila da existência ou é filha bastarda sei lá de quem/quê.

 Depois, o mago e seu aprendiz se transformam em esquilos para baterem mais um papo cabeça em cima de árvores. Coisas que agente faz no tempo livre.


Ambos são paquerados por duas esquilas assanhadinhas. Wart tenta se livrar de uma quando...


Pois é. O animal do Wart está para cair de uma árvore pela terceira vez no filme. Esse garoto DE-FI-NI-TI-VA-MEN-TE não nasceu para subir em árvores. E dessa vez ele pode ir direto para a boca de um lobo que tá a fim de comê-lo desde o começo da película.

Mas Wart é salvo pela esquila que estava a fim dele e tudo acaba bem e sem violência novamente. Claro! Isso é um desenho feito para crianças e não um filme realista sobre o Rei Arthur protagonizado pelo Clive Owen!

Quê? Você ainda não tinha sacado que o Wart é o Rei Arthur?? Então vá ao diabo!!

*Ca-ham* Pois bem. Ector está cansado das magias de Merlin e lhe dá uma dura. O mago fica aborrecido e some, mas Walt fica e o defende perante seu pai adotivo.


O garoto finalmente afronta Ector e Kay. Acho essa cena muito foda, quando Wart, com lágrimas nos olhos, diz que Merlin é uma boa pessoa e que só porque não entendem algo não quer dizer que isso é errado, dentre outras coisas.

Ector fica furioso e começa a descontar infinitos pontos de Wart. Ainda bem que não são pontos na carteira, ou ele jamais chegaria perto de um carro. Ou pontos de uma operação, ou o menino já estaria totalmente desencapado.


Como castigo, Wart não será mais escudeiro de Kay. Este, aliás, fica feliz da vida.

Sério, eu odeio o Kay. Quem nunca conheceu um sujeito assim, que só tem força bruta, mas não tem nada na cabeça e é grosso e mal educado? Acho que todos nós. Odeio essa gente do fundo da minha alminha.


Merlin diz para Wart esquecer essa estória de escudeiro e começar a prestar atenção a coisas mais importantes. O mago quer ensinar-lhe sobre tudo o que irá acontecer no futuro, mas Arquimedes é contra e diz que o homem aprende mesmo estudando o passado.

A discussão entre os dois é muito divertida, com Merlin querendo ensinar o garoto de uma maneira mirabolante e Arquimedes com um método ortodoxo. Vocês vão ver.

Papo vai papo vem, e Wart diz que adoraria ser um pássaro para sair voando por aí.


Não dá outra. Merlin o transforma em um pardal. Eles não vão passar pela fauna inteira, relaxem.

Arquimedes o leva para dar umas voltas no ar, mas o garoto pássaro é perseguido por um gavião e vai parar na casa de uma bruxa!!



Essa não! Será a Bruxa de Blair? Ou a bruxa Baratuxa? Ou a Maga Patalogica? Não!


É a MADAME MIM!!!

Que canta uma musica escrota e faz questão de demonstrar sua magia do mau para o garoto.

 Arquimedes corre... digo, voa para avisar Merlin do perigo que seu aprendiz está correndo.

Quando a bruxa está prestes a destruir Wart ainda na forma de pássaro, o mago chega. Madame Mim propões um duelo de magos ao velho, que aceita prontamente.

As regras básicas do duelo seriam nunca se transformarem em vegetal nem mineral, só animal. E também nada de desaparecer e se transformarem em dragões. Só isso? Moleza!


Os dois se enfrentam passando a se transformar nos mais variados tipos de animais. Até que...


Madame Mim prova que é uma vadia sádica e joga sujo transformando- se em um dragão! Um dragão literal, quero dizer.

Mas Merlin consegue vencê-la sem quebrar as regras e de uma maneira muito criativa. Assistam para saber como.

No castelo, Sir ector é informado que o escudeiro de Kay está com caxumba e terá que ser substituído. Então Wart é escalado novamente para a posição.

O menino vai todo feliz até a torre de Merlin lhe contar a novidade.


Wart não é reaper. Ele está com uma roupa muito maior apenas porque é um nanico raquítico.

Merlin fica puto por Wart ter dado pra trás, pois prefere que o garoto seja alguém inteligente e não um capacho do brutamontes do Kay.

Os dois têm uma discussão calorosa. Furioso, o mago vira foguete e se manda definitivamente (?) para as Bermudas. Putz! Que merlin!


Wart e Arquimedes ficam desamparados e sem saber se um dia Merlin retornará.


Que triste.

Enfim o grande dia chega e todos vão para Londres onde Kay disputará o torneio para se tornar rei da Inglaterra. E se você está torcendo pra ele, saia do meu blog já!


Enquanto assistem atentamente os outros participantes duelarem, Wart lembra que esqueceu de trazer a espada de Kay. Kay obviamente compreende e pede delicadamente a seu irmão postiço que arrume outra.

MENTIRA!! Claro!! O grandalhão feioso ameaça jogar cricket com sua cabeça se ele não trouxer uma espada antes de sua luta começar.


Wart e Arquimedes saem rapidinho atrás de uma espada. Mas será que encontrarão?? Onde diabos acharão uma espada em uma cidade tão grande como Londres??? E Merlin?? Retornará ou passará o resto da vida de bermudas? Digo... Nas Bermudas??? Kay vencerá o torneio e transformará a Inglaterra em uma eterna rave onde só haverão pats burras e playboys com disfunção estética que passam um terço da vida tomando gummy em postos de gasolina???? E eu?? Corrigirei os erros de português cometidos acima e mudarei a palavra esquila por esquilo fêmea (spoiler: NO)????


Enquanto isso a Inglaterra continua perdida e sem rei. E a espada outrora enviada dos céus permanece esquecida em algum lugar por alí.

NOTA: 9,4

De todas as versões sobre a história do Rei Arthur, esta é minha favorita. É a mais lúdica e escapista. A premissa é linda, e os personagens Wart, Merlin e Arquimedes são muito cativantes e a química entre eles é perfeita. É um filme por vezes divertido, engraçado, triste, inteligente, ingênuo e emocionante. A fotografia é sempre escura e sombria, retratando muito bem aquela época medieval. Ainda se trata de um musical, mas as poucas músicas apresentadas deixam a desejar se comparadas às de outros clássicos da Disney. Pelo menos na versão dublada em português, pois na dublagem original eu nunca assisti. Mas isso é de menos.
A Espada era a Lei, um dos últimos filmes sob a supervisão de Walt Disney, que logo viria a falecer, foi baseado no livro A Espada na Pedra, de T.H. White. É o primeiro de cinco volumes que compõem O Único e Eterno Rei, contando a trajetória completa de Arthur. Não li o livro (algo que planejo corrigir em breve), mas sei que o filme não é uma adaptação fiel, o que gera antipatia de alguns leitores mais chatos. E pelo que li a respeito do livro, eu próprio provavelmente daria uma nota menor ao filme caso tivesse lido a obra impressa, pentelho que sou. Mas como esse não é o caso, 9,4 tá de bom tamanho.

De qualquer maneira, A Espada Era a Lei é fortemente recomendado. Até a próxima.

5 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, estou seguindo, da uma olhada no meu e se gostar segue tb! Comenta lá

    Entre e Divirta-se:
    O Portal do Humor esta de volta:
    http://www.portalnetfun.blogspot.com

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  2. Olá
    muito legal esse filme
    rs
    adoro desenhos
    =] hehe
    bjos
    ate
    http://novalexandrianet.blogspot.com/

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  3. quanta infomação!

    eu gostava da pequena sereia!

    http://manuscritoperdido.blogspot.com/

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  4. Fico dividido entre O Rei Leão e A Bela e a Fera. Mas acho que fico com o segundo mesmo.

    Eu não vi esse filme ainda, mas parece ser muito legal. Não li tudo porque você conta toda a história... rs

    Mas é bem legal. Quem já viu pode relembrar e talz... ótima ideia! Abraços e valeu por aparecer lá no

    http://deitadosnarede.blogspot.com/

    =)

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  5. Ótimo blog e bem interessante análise de filmes.

    http://boomnaweb.blogspot.com/

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